sábado, 27 de dezembro de 2014

Espanha e Cambotas: Paraísos!

Estou aqui de volta galera, sumi de novo né?  Esse ano foram tantos altos e baixos... 2 mudanças de casa as pressas, instabilidade no trabalho, fiquei mal de saúde 2 vezes... foi difícil manter-me fiel ao blog mas não poderia deixar o ano passar sem comentar da Espanha e de Cambotas J

Rodellar

Outubro de 2014 foi um mês de sonhos J !!! Eu, Kbeça e Felipinho (Coxinha) embarcamos na lua de mel de Claudinha e Sandro ao pais das rocas: Espanha! Como sempre sonhei por este momento desde que me conheço por escaladora.

Rodellar
Dia 05 de Outubro, após o lindo e descontraído casamento da Claudinha e Sandro no dia 04, partimos para Barcelona. Ficamos no hostel Black Swan (www.hostelworld.com/hosteldetails.php/Black-Swan/Barcelona/66913), simples, limpinho e muito bem localizado.

Lindo casamento de Claudinha e Sandro no Espaço Mandalla - Cipó

Dia 06 fomos as compras. Acho que foi o dia da trip mais emocionante para o nosso amigo Felipinho muambeiro, rs. Fomos as lojas Decathon (www.decathlon.es), Barrabes (www.barrabes.com), Vèrtic (www.verticoutdoor.com/vertic-barcelona) e fizemos a festa. A Europa é mais cara que os EUA para a compra de equipo e roupas de escalada mas perto dos impostos do Brasil tudo é festa. Parecíamos crianças em lojas de brinquedos, rs. Não queríamos perder tempo, comemos Kebab sentados na calçada da movimentada e cosmopolita rua La Rambla (era mais barato que sentar à mesa do restaurante ) e voltamos as compras para a alegria do nosso amigo Felipinho J 

Alguém nos conhece? rs

Flagra
Olha a cara de felicidade rs
Eu já estava seguindo um plano de reeducação alimentar com a minha nutricionista Gabi mas não resisti a qualidade e preço dos chocolates importados e abasteci o meu estoque com chocolates  Milka e Lindt para os próximos dias J O foda foi ter que dividir o meu chocolate com os fominhas Kbeça e Felipinho Torresminho rs
Por que será Torresminho seu novo apelido mesmo? rs

Dia 07 partimos para Rodellar com o carro que alugamos. No caminho paramos em Barbastro e no supermercado “O dia” compramos comida para os próximos dias. Cada um, se não me engano, gastou em média uns 40 euros, o que considerei barato pois compramos o do melhor, inclusive bons vinhos. Eram basicamente 2 grupos, o fitness (Eu, Claudinha, Sandro e Felipinho que posteriormente foi para o outro grupo que era só o Kbeça rs) e o Junk Food (Kbeça e o Felipinho rs). Já era noite e não conseguirmos apreciar na estrada o que nos aguardava para os próximos dias.


Meu objetivo nessa trip era mandar um nono grau trabalhado e/ou um 8ª a vista. Nos hospedamos no vale de rodellar (www.vallederodellar.com). Um lugar muito agradável e que tem uma vendinha para a compra de algumas emergências. Dia seguinte encontramos nosso migo Pitta, Shen, Gabriel do Rio, Sidney, Caio que nos apresentaram os principais setores de Rodellar. Rolou muita confraternização com esses nossos amigos guerreiros e vibe!


UAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU. Era tudo lindo, imponente, magnífico. Além das pedras o vale era lindo e percorrido por água cristalina. A primeira vista me senti um pouco intimidada em suas vias imponentes e respeitosas mas aos poucos fui me soltando. As vias são caracterizadas por incríveis pinças de todos os tamanhos nas chorreiras e pelos entalamentos incríveis que as vezes são quase que obrigatórios para se fazer o movimento e nem só para descansar. Quase não há regletes mas para falar a verdade não senti nem um pouco de saudade deles rs. E Olha que amo regletes. A escalada em Rodellar é instintiva, os cruxs são mais contínuos e a cadena sai devido a soma da capacidade física e mental do escalador. Eu que escalo um tanto devagar senti um pouco de dificuldade no início da escalada (Sando e Claudinha: TEMPOOOO rsrsrsrsrs) mas logo fui me adaptando e querendo cada vez mais aquele estilo de escalada para mim! As proteções são justas e as vias são imponentes pela negatividade, altura em cova, beleza...

El Delfin 7c+
Entrei em alguns nonos (Nanuq, El Délfín) para experimentar mas logo desisti do projeto nono grau trabalhado. A escalada era muito diferente da qual estava acostumada e acho que o aprendizado proporcionado pelas inúmeras vias me esperando seria mais satisfatório que me prender a algumas vias. Encadenei alguns sextos, sétimos e oitavos graus maravilhosos. Ou a via saia onsiht, flash ou no máximo em 3 entradas e logo partia para outra. 

Amigos! :)
A via Juan y Fran se nos van (8ª) foi a única que entrei mais vezes (4, 5? Não me lembro rs) pois ela estava molhada e após o beta do Pita a via saiu pois estava fazendo o meio dela de forma um tanto ogra rs. Rodellar é a meca dos 9bs, 9cs e décimos. Não tinha muito 8ª para tentar a vista então também desencanei. A grande surpresa ficou para o último dia de trip que quase mandei meu primeiro 8c flash (María del Ponte Arnés no setor Pince Sans Rire). Com os betas da Claudinha e após ver uma menina escalar, passei os dois cruxs e cai tijolada e hesitada pela imponência da via indo para uma alça de descanso nas chorreiras. Foi muita emoção... Seria meu primeiro 8c fhash e logo ali! J

Marieta Akalski of Canada has climbed Florida (5.14b) in Rodellar, Spain

Dia seguinte partimos para Margalef e Siurana ( famoso pico de escalada por suas placas tecneras). A temporada em Rodellar começava a acabar devido a chegada do inverno chuvoso e iniciava-se a temporada nestes picos.
First Round First Minute - Lembram do Cris Sharma? :)

Em Margalef ficamos em um hotel cujo nome esqueci. Este pico caracteriza-se por pequenos buracos (bidedos, monodedos) em paredes com todo o tipo de inclinação. Não vou mentir que a princípio sair de Rodellar e ir para lá foi pessoalmente um choque de realidade. A escalada mais técnica a princípio não me atraiu muito. Senti muita dificuldade em me encaixar em seus buraquinhos lisebinhas, rs. Numa das poucas vias que entrei, gostei de um 8c que equipei, com um Boulder bem definido, que quase saiu mas não tinha mais dias em Margalef. Acho que pela escalada ser menos física, vimos muitas mulheres, inclusive algumas pareciam estarem bem fora de forma rs, encadenando vias difíceis e dando aula de leveza e técnica.

Margalef e seus micro buraquinhos

 Após 2 dias de escalada em Margalef fomos a Siurana. Lá ficamos no Camping Siurana (www.campingsiurana.com). A escalada lá já era mais técnica ainda e muitooooo dura, rsrsrsrs. Infelizmente pegamos sol forte em todas as paredes e a logística da escalada era complicada. Eu e Claudinha encadenamos um lindo 8ª em Flash (Crosta Pànic no setor El Pati) que no Brasil talvez fosse um 7c, uma das poucas vias mais acessíveis, pois admito que apanhei de um 7b que equipei kkkkkkkk.

El Pati - Siurana
Eu na cadena em Flash da Crosta Pànic e Claudinha ao lado

Resolvemos não insistirmos na escalada em Siurana e fomos para Terradets com direito a parada no caminho na cave de Santa Linya, onde em uma tarde experimentei um 9ª bem factível.
Em Terradets ficamos no Alberg Refugio Cellers (www.hostelworld.com/hosteldetails.php/Albergue-Refugio-Cellers/Lleida/57832).  Terradets! Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu! O que era aquilo! Outro paraíso!!!!!!!!! Mini Rodellar fragmentado em vários picos (Bruixes, Regina...)? 
Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!! As chorreiras estavam de volta e com total qualidade! Em Bruixes não resiti e equipei mais um 9ª (Occident) que gostei bastante e com alguma malhação poderia sair mas não entrei novamente (não queria perder tempo).

Setor Bruixes em Terradets

 Para a minha alegria em outro dia, em outro setor cujo nome não me lembro (próximo ao rio), quase saiu meu primeiro 8ª a vista sacando J Passei o crux do meio da via e cai no final, finalzinhooooooooo devido a emoção mais erro na leitura... buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa . Agradeço a vibe do Kbeça na segue, da Claudinha lá embaixo e do Sandro na via ao lado, todos já comemorando, buáaaa. Dia seguinte, no setor Regina, quase saiu meu primeiro 8b de verdade em flash (buáaaaaaaaaaa novamente)  que posteriormente escalei bem pior e muito cansada nem quis terminar a via, tanto foi o desgaste mental e físico na primeira entrada.
Me sentia já aclimatada a escalada em chorreiras na Espanha e conseguia perceber nitidamente a minha evolução física e mental. Viver intensamente a escalada longe de seus problemas de trabalho e do dia a dia fazem toda a diferença. É o sonho de todo escalador apaixonado!



 Os dias na Espanha foram vividos com muita escalada, vinho (era vinho todo santo dia, já estávamos levando vinho para a rocha, rs), queijo de cabra, chocolate de qualidade, boas risadas com os amigos e muito aprendizado! 
Ops...
Eu tietando Novato Marín 

Aprendi muito observando os outros escalando também: aprendi com a Marieta do Canadá (encadenou vários décimos incríveis e seu primeiro 11ª, a Flórida no setor Surgência) que tudo é possível, basta ter persistência e gana, com a Tracy (destemida escaladora australiana) que escalada esportiva é feita para bater asas, libertar a alma, se lançar com consciência, com o Novato (Pai de Edu Marin, ele foi da escalada tradicional para a esportiva há pouco tempo e está malhando um 11ª com 63 anos) que se pode escalar forte com mais idade, que nunca é tarde, com o Kbeça aprendi e vivo aprendendo que se você entrou em uma via é preciso dar seu 100% independente do seu resultado, com o mestre Pita (abriu várias vias clássicas no Cipó, RJ e agora em sua casa na Espanha) a técnica e a experiência, com a Claudinha e Sandro (amigos que não conseguiram namorar nesta lua de mel rs) que o “TEMPOOOO” desgasta, rs, e por fim, aprendi com o Felipinho (que ganhou o apelido de Torresminho, rs) que era companheirA minha e da Claudinha que sempre há esperança e a tomar MONSTER se o intestino estiver preso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Aniversário de 63 anos de Novato Marín

Retorno ao Brasil triste com seus impostos, com sua exploração, triste com a falta de chorreiras e com a idéia clara em mente que preciso escalar muito Boulder para escalar bem esportiva no Brasil, rs. Mas estou feliz com as possibilidades aqui existentes, com a mente que se abriu e com os meus amigos que sem eles não há felicidade!

Kbeça de olho na Pata Negra

Termino a escalada desse ano com o presente que Cambotas me deu! A cadena de duas vias de superação: Baraka redpoint e Marvada Onça em flash. Como AMO Cambotas, me lembra um tanto a Espanha apesar de não ter chorreiras!

Cambotas :)

Espero que 2015 seja ainda melhor! Obrigada amigos por fazerem parte dele!


domingo, 17 de agosto de 2014

MOTIVAÇÃO RETORNANDO :)


Andei meio afastada do meu blog, a escalada embora seja parte muito importante na minha vida a tenho que conciliar com outros assuntos pessoais como trabalho e afins.  Mas felizmente ela continua ali J

Devido aos festivais de boulderes em Julho deste ano comecei a treinar forte em meados de maio e junho o que veio a culminar numa epicondilite medial no braço esquerdo.  A epicondilite é uma lesão chata que te avisa que esta ali presente na maior parte do dia o impedindo de treinar alguns exercícios específicos e às vezes até de fazer algumas tarefas banais do dia a dia. Como no inicio de minha escalada tive uma lesão seria em ambos os cotovelos que me deixaram parada por um ano (não tinha tendões fortes o suficiente para suportarem o intenso treino) parei o meu treino de força e acabei desfocando nos treinos. Em uma semana após a lesão, acho que por descanso físico e mental, acabei mandando a engasgada PCC no Cipó, nem acreditei. J. Abaixo eu na PCC ( foto de Eduardo Barão ).
 
Porem com a lesão ali presente, mesmo com esse presentão, não surpresa cheguei aos festivais um pouco desmotivada e um tanto fraca não consegui fazer o que tinha planejado que era mandar meu primeiro V7 e vários V6, V5... Enfim, fiquei muito triste. Abaixo eu malhando o clássico Zigulim em Sabará (Foto de Rui Castro). 

 
Estou com uma viagem de escalada marcada para outubro de 2014 para a Espanha, meu sonhado parque de diversões, e não poderia continuar assim me entregando mentalmente à lesão... Procurei a Nahla Zibaque, minha fisioterapeuta amiga, e aproveitei para dar inicio a reeducação alimentar que foi orientada pela nutricionista Gabi Bolzan da Rokaz. Excelentes profissionais!

Com a motivação começando a retornar, retornei ao treino fazendo muito volume em agarras bem fáceis e musculação com muitas repetições, sem focar em desempenho. Na rocha comecei a malhar a via Heróis da Resistência, um dos 9c s mais clássicos do Brasil. Foto abaixo (foto de Rodrigo Nunes).
 
Esta via irá me ajudar no preparo para a Espanha. Nos intervalos também quero fazer volume e ir mandando outras vias mais fáceis para ir aumentando meu repertório de movimentos. É um tanto decepcionante “ apanhar “ da primeira parte da via cuja cadena já foi realizada em 2009, mas kmom, agora que a lesão encontra-se mais estável vou iniciar um treino com mais carga e ,mesmo que não a encadene antes da trip, esta via será minha auxiliadora de treino físico e mental.  Digo mental pois já tive a experiência de trabalhar uma via com crux quase no final e, mesmo chegando sólida, cai inúmeras vezes (Filezão na Barrinha, RJ) o que mexeu muito com a minha cabeça. Semelhante a Filezão o crux da Heróis é quase no final, no tridedo (ainda não isolado), por sei que posso passar novamente por esta experiência. Por isso escolhi a Heróis! J
Abaixo eu no início da Filezão (foto de André Neves).

sexta-feira, 14 de março de 2014

CARNAVAL É NA BOCAINA ROOTTS!!!

O tão esperado carnaval chegou e como o feriado é prolongado aproveitamos para emendar a semana na Serra da Bocaina, pico de escalada em quartzito há 30 km do (é “do” mesmo rsrsrsrs , pelo menos é assim que os escaladores que moram “no” Araxá falam, rs) Araxá.

                                                  Mara na via Efeito Colateral

O pico é alucinante e está entre os melhores de MG, destacando-se pelas vias aéreas e de grau HARD, rsrsrsrs. Sim, lá tem escalada para todos os níveis, desde o iniciante ao pró mas se prepare mentalmente para passar mal até no quarto grau, rsrsrsrsrsrs.

                                           Visual da escalada na Serra da Bocaína

Partimos eu, Kbeça e Leozera (o Capitão) no Sábado bem cedinho para evitarmos trânsito na estrada e ainda aproveitarmos a escalada ainda no Sábado à tarde. Foram 4 horas e meia de trip sossegada com uma parada deliciosa no Café da Terra com direito, como bons mineiros, a pão de queijo quentinho e lógico que acompanhado de um cafezinho, hummmmmmm.

                                                  Flavinha na via De mão beijada

Chegando em Araxá nos abastecemos de rango num dos supermercados para pelo menos os próximos cinco dias. Como o pico de escalada fica fora da cidade é necessário levar o que for comer durante os dias que for ficar lá para evitar ficar indo a cidade. Embaixo de chuva percorremos os 30 km de estrada de terra com um pouco de emoção, rs. A estrada é excelente porém quando chove o barro a transforma em pista de dança, rs. Ao chegarmos ao novo abrigo levamos um susto. Sim, o antigo abrigo “mega roots na zela” rs se transformou num simples, porém aconchegante abrigo de escaladores e outros esportes afins. Agora há beliches com cobertores e travesseiros, banheiros feminino e masculino, cozinha separada da casa sem contar a área externa de camping que está bem melhor. Lugar perfeito para passarmos os próximos dias “mergulhados” no climbing! http://refugiobocaina.wordpress.com/

                     O melhor abrigo para sua escalada na Bocaína, experimente essa vibe!

Encontramos nossos amigos da Bocaina Roots (Guerreiro, Gustavinho, Arguinho...) e reencontrei meus saudosos amigos do Rio, Flavinha e Felipe agora com sua filhinha pedra (sim, Pedra é o nome da cachorrinha “pastoreira” deles que também é escaladora, rs). Fizemos novos amigos (Lucas Lima, Lucas Motoshima, Hélio Beiroz, Aline Machado, uma turma de Uberlândia, Goiânia...) . A vibe estava completa!!!  Para completar mais tarde ainda chegaram o casal Luana Riscado e Eduardo e os outros amigos da Bocaina Rafinha, Cabelinho. E para aumentar a família uma cachorrinha esfomeada, a Nina, que nos adotou, rs

                               Ilustre parceira de viagem, mais conhecida como Pedra

Nestes nove dias de intenso climbing experimentei por indicação do Kbeca a linda via cor de rosa Bafo de Onça (9ª duro). Esta é caracterizada por um boulder inicial de dinâmico a partir de regletes pequenos e um pouco machuquentos com pés ruins (para quem é mais baixo é bem difícil. Na verdade o crux para mim era fazê-lo um tanto esticada) e um segundo boulder mais em cima que pega no encaixe e na resista. Custei a me encaixar no primeiro boulder e depois com a vibe da galera isolei toda a via, porém resolvi deixar para uma próxima trip, pois após algumas entradas percebi que seria difícil mandar esta via nesta viagem (pele teria que dar muita raça, queria escalares mais vias). Projeto para a próxima viagem!

                                         Visual incrível da via Do Próprio Veneno

Experimentei também outro 9ª (Grande Hotel), este situado, para mim, numa das paredes mais belas da Bocaina, setor do terceiro andar. Este setor tem vias de 7ª a 9c que como o nome diz, já se escala do alto, desfrute total para o escalador. A via Grande Hotel é macia, com agarras grandes e anatômicas caracterizada por apenas um crux, um crux de força mas também de muito encaixe. Entendi o crux mas não me encachei, rs, pelo menos nesta viajem, mas valeu a experiência.

                                  Descanso para cadena da via Do Próprio Veneno

Ainda neste setor resolvi entrar numa via de aresta que se chama Do Próprio Veneno, um 7c lindo, talvez o mais lindo que já escalei, e para mim um tanto exigente mentalmente.  A escalada é aérea e bem diferente do estilo papai mamãe ao qual estou acostumada. Já tinha entrado na via em outra viagem então como já tinha perdido o flash entrei parando de costura e costura e betando todos os movimentos. Escureceu e tentei a cadena com head lamp 2x, porém estava um tanto úmida a parede e adrenei com algumas aranhas (sim, à noite as aranhas saem de suas casinhas e admito ter aracnofobia aiiiii)

                                  Luquinhas curtindo o as clássicas vias do quartzito

No dia seguinte choveu muito e após a chuva parar um pouquinho, como a via da aresta estava molhada, entrei para isolar a Cura Trimura (um 8b-c muitoooooooooooooo mais para 8c HARD, rs) que se caracteriza por um Boulder inicial de micro regletes machuquentos. Creio ser uma via mais feminina por termos mãos menores que cabem perfeitamente em seus regletes, rs. Após algumas tentativas achei o meu jeito no crux e sabia que seria capaz de mandá-la, porém já era fim de trip e como sabia que tinha que dar uma mega raça resolvi focar em fazer volume e treinar o meu flash e onsight em vias mais tranquilas e de graus variados.  A bocaina e um lugar versátil que pensa no escalador experiente mas também naquele escalador iniciante. Dia seguinte retornei a via da aresta agora seca e a cadena na primeira tentativa, Uiiiiiiiiiiii.

                                       Lucas no duro crux da via Filho de todos

Durante a trip tiveram várias cadenas lindas de se ver: Kbeça e Lucas na Filha de Todos e outro décimo que não me lembro o nome ao lado da clássica Neblina Baixa no Tsunami,  Lucas Lima na Só pra Variar , Lucas Motoshima na Você Decide, Flavia dos Anjos retornando ao climbing e varrendo os sétimos, Rafinha do (rs) Araxá na Universo Paralelo, Arguinho na Bafo de Onça, Gustavinho na Muy Hermosa...

     Felipe Dallorto diretamente do psicobloc para escalada de vias com costuras e corda.

De cabeça feita terminei meu último dia de escalada em overdose total de climbing e muito feliz pelos maravilhosos dias que passamos com os amigos bisonhos e cabulosamente engraçados, rs. Quero voltar logo para mandar meus projetinhos Bafo de Onça e Cura Trimura, Kmommmm







segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Resultado do desafio entre eu e meu amigo Sandro


Finalmente acabou (na verdade apenas começou, rs) o desafio proposto por mim e meu amigo Sandro. Tinha que perder 3 Kg e o Sandro 4 Kg em 2 meses, que na verdade foram estendidos em 3 meses após meu pedido pois neste intervalo tive férias e acabei mantendo o meu peso, rs.

A primeira vista parece pouco peso, um desafio fácil, mas a verdade é que em pessoas com o peso próximo do ideal é muito difícil perder poucos kilos ( para nós escaladores  gramas fazem uma diferença absurda, rs). Os ajustes na alimentação têm que ser rigorosos pois pequenas “escorregadas” fazem ao longo de semanas enorme diferença. O aeróbico também é muito importante pois além de um maior gasto energético durante o seu ato ele também aumenta o nosso metabolismo basal.

Eu, uma viciada assumida em doces (sai mente gorda, rs), tenho muita dificuldade em lidar com o meu vício, rs. Minha tática foi evitar ao máximo doces durante a semana (sequer um pedacinho, rsrsrs, pois  esses micro pedacinhos só aumentam a minha vontade incontrolável por doces, rsrsrsrs) e quando batia aquela vontade forte tomava café com adoçante ou um capucciono (quando a vontade era maior, rs) ou sucos ácidos. Finais de semana (Incluindo a sexta, rs) fazia meus dias de lixo (sim, entrava nos doces, rs). Mesmo assim consegui perder 2 kg nesse período. Meu peso inicial era de 61,900 Kg e o atual é de 59,700 Kg. O aeróbico confesso que fiz muito irregularmente, ainda tenho que criar artifícios mentais para gostar de praticá-lo, rsrsrsrs. Meu objetivo agora é ir diminuindo os meus dias de lixo, rsrsrsrs.

Meu amigo Sandro visivelmente perdeu bastante gordura porém ganhou massa magra também. naa balança seu peso passou de 74,300 kg para 69,800 Kg. O danado perdeu mais de 4 Kg e levou o prémio, uma linda bermuda 4climb Stretch. No próximo ranking pretendemos fazer nossa aposta baseada em porcentual de gordura pois é mais justo. Sabemos que massa magra pesa e mais que a danada gordurinha, rsrsrsrs .

Agora são festas de final de ano e nosso desafio será pelo menos manter nosso peso adquirido. Ano que vem? Continuar o processo “de adeus” a massa gorda, rs. Sempre é bom lembrar que ela também é importante para o nosso organismo pois é depósito de vitaminas lipossolúveis e manutenção do ciclo reprodutivo. Há casos de atletas mulheres que deixam de menstruar com a baixa significativa de gordura e isso prejudica entre outras coisas os ossos podendo cursar com baixa massa óssea. Tudo na vida é equilíbrio... que difícil , rs

 
Mudando de assunto, esse final de semana ocorreu o primeiro festival de escalada no muro Moquiwa (antigo Das Pedras) em comemoração ao seu primeiro aniversário. Foi um festival misto incrível  de vias e boulderes. Conquistei o segundo lugar com esforço. Agradeço a vibe dos meus amigos, ao Kbeça e a 4climb. Que venham mais festivais ano que vem! J

Bom, desejo a todos boas festas e que não se entreguem a comilança, rsrsrs. Que ano que vem venham muitas cadenas a todos nós! J

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

COLÔMBIA PARTE 2


Bom, continuando o relato da Colômbia...
Na Quarta após muita correria (subir a trilha do abrigo da Adriana às vias de Machetá, desequipar  os projetos montados, descer a trilha, arrumar as coisas  e retornar a Bogotá) finalmente encontramos nossos amigos colombianos e partimos de carro rumo a tão sonhada Florián.
A pequena cidade de Florián fica a cerca de 300 km de Bogotá e uma parte do acesso se faz por estrada de terra. Tem como ponto turístico uma linda cachoeira que cai por 300 m após atravessar uma gruta cheia de estalactites (o delírio da escalada). Esta formação natural maravilhosa é conhecida como Ventanas de Tisquizoque.
 
Archivo:Ventanas de Tisquizoque.jpg
 

Chegamos em plena festa da cidade e arrumar um lugar para 5 pessoas ficarem não foi nada fácil rs. Depois de muito procurarmos ficamos na casa de um amigo do Vicente, amigo local da "Galera" com quem estávamos. Os colombianos são muito receptivos.
 
Dormimos e após um excelente café da manhã (prato de futas, arepas e café ou tinto, rs) fomos escalar. Estava chovendo mas isso não é problema para a escalada em Florián, Obaaaaaaaaaaa!!!

 O setor da "Cueva" é muito incrível e lembra o filme de Indiana Jones como disse bem o Kbeça. Após um portal de pedra atravessamos duas pontes adrenantes de madeira sobre o rio que forma a bela cachoeira adiante. Logo após uma caminhada de apenas 5 min neste cenário se encontram as incríveis chorreiras de Florian. Um lugar imponente e surreal!!!
 
 
 
 Nos deliciamos em suas chorreiras mega aderentes!
Durante os próximos dias entrei em dois sextos graus alucinantes (infelizmente ainda não há muitas vias mais fáceis lá) , mandei um 8ª que quase saiu flash e infelizmente, somente no penúltimo dia, entrei num 9ª alucinante que me encaixei bem mas a mão já não mais aguentava apertar as chorreiras machuquentas , rs.
 
O local ainda conta com poucas vias (setor novo) porém todas as quais tive o prazer de experimentar foram inesquecíveis!
Após Florián ainda retornamos a Machetá após carona e hospedagem com outros amigos que foram nos apresentados.

Em Machetá encadenei a Putas de Yoyo (um oitavo grau incrível de teto em mega agarrões com um crux bem definido ), La Terapia (pendente na primeira ida a lá) e outras vias. Equipei a linda Nueva Escuela 8b para conhecer e el Mago 9c para o Kbeça mandar flash após indicação de nossos amigos. Com certeza malharia e quem sabe não sairia meu primeiro 9c nesta trip (me encaixei bem nos lances) mas em trip de escalada tenho a consciência que não se deve bitolar muito em uma via e sim tentar usufruir e conhecer o máximo de vias possíveis. Fica o sonho de quem sabe retornar e mandar os projetos pendentes... mas são tantos lugares no mundo ainda por conhecer... aiaiaiaiaia